2006/04/24

 

Projeto Teatro Vai à Escola

Tadeu Aguiar
"Eu estava na 6a série quando conheci uma professora chamada Dona Inês, uma ex-freira. Ela era minha professora de História e eu comecei a gostar dessa disciplina por causa dela. Ela tinha uma maneira muito especial de ensinar. Naquela época, para os professores usarem recursos de multimídia era muito complicado. Eu me lembro de que ela viajava pra Europa, pra Grécia, pro Egito e trazia slides. Isso foi no Colégio Estadual Tomás Alberto Whatelly, em Ribeirão Preto, em 1973. Eu nunca mais me esqueci dessa mulher. Sempre que faço meus espetáculos me lembro das aulas que ela dava. Não era aulas chatas, mas sim interessantes. Como meu projeto é destinado a estudantes, sempre penso em fazer espetáculos interessantes e que falem do que eles estão vivendo de uma maneira divertida."

Eduardo Bahr
Meu professor inesquecível, sem dúvida, é o Latuf Isaías Mucci, um professor de Filosofia que conheci na Pós-graduação em Literatura Infanto-Juvenil, na Universidade Federal Fluminense.
Ele era muito especial porque me mostrou que as palavras não são só palavras. Ele me mostrou que tem um universo inteiro dentro de cada palavra e que, quanto mais a gente as conhece, mais a gente sabe articular, mais a gente sabe pensar. Uma outra coisa muito importante que ele me ensinou também é que o que a gente diz é muito sério porque é o que o outro vai ouvir. E se a gente diz uma coisa errada, truncada, não clara, a informação se perde.
Quando eu cheguei à aula dele, na primeira aula, ele falou: 'Eu não permito que meus alunos falem gíria.' E aquilo me deu um medo muito grande. Como é que eu não ia falar gíria, se todo mundo falava? E, aos poucos, eu fui entendendo o que isso tinha a ver com as questões da comunicação. Ele é um professor super-rígido e, ao mesmo tempo, superdoce. Uma coisa importante - que eu levei para as minhas aulas de Educação Artística - é que ele lançava as questões, mas eram os alunos que voavam, eram os alunos que faziam delas aulas. Era bacana, porque cada um crescia e ele ajudava cada um a crescer.
Como sou escritor, pra mim, ele foi fundamental, assim como foi determinante ter passado por ele para ser quem sou hoje. Obrigado, Latuf!"

Lorenzza Merhy
"O meu também é um professor da faculdade. O nome dele é Ricardo Sales. Ele era professor de Filosofia da Política na Universidade Estácio de Sá.
Era uma das matérias sobre a qual eu pensava: 'Nossa, essa matéria deve ser muito chata.' Filosofia já é difícil, imagine Filosofia da Política! Era Locke, Hobbes. É superdifícil, mas ele fez com que ficasse fácil. Ele pegava exemplos do dia-a-dia da gente pra mostrar que podia ser fácil. Aí surgiam discussões, idéias novas, trabalhos. Acho que foi a matéria de que eu mais gostei na faculdade [de Relações Internacionais]! Pra mim, não era chata porque estava superbem explicada. Ele era um excelente professor e eu tenho muita saudade dele."

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